Após um ano de pandemia, Suíça vai recuperar (um pouco) o gosto por viagens

Après un an de pandémie, la Suisse retrouve (un peu) le goût du voyage

Na medida em que a Páscoa está por aí, como reservas para o seu aumento, especialmente em Espanha e Portugal. Os turistas suíços estão mais uma vez sedentários por férias no exterior, mas nem podemos falar dos baby boomers, que estão iniciando operadoras de turismo. A demanda continuou significativamente menor do que antes da crise.

Desde que compraram a casa em Portugal, a Sandra e o José passaram aqui todas as férias. Este ritual de fé impulsionado pela pandemia de Covid-19. Então, ansioso para voltar no final da semana. “Teremos menos liberdade do que aqui, mas conversamos sair assim mesmo”, diz Sandra. Entre ficar em casa na Suíça ou ficar em casa aqui, eles têm uma escolha. “Pelo menos mudamos de ar”, acrescenta José.

Este casal de Valais é um dos muitos suíços que decidiram deixar a Suíça durante as férias da Páscoa. Desde que Espanha e Portugal foram retirados da lista de países com risco de coronavírus pelo Escritório Federal de Saúde Pública (FOPH) há pouco mais de dez dias, as reservas de voos para esses destinos explodiram, segundo as empresas.

Muitas pessoas têm uma grande necessidade de redescobrir as viagens que não puderam fazer nos últimos meses.

“O levantamento das regras de quarentena aumentou forte a demande. Em uma semana, registramos cinco vezes mais reservas para Espanha e Portugal de Zurique”, explicou Meike Fuhlrott, porta-voz da Suíça. Na Easyjet, que opera cerca de trinta ligações com estes dois países, quase metade das cais de Genebra, registou uma evolução semelhante.

Ainda não há reservas em massa

Ainda não há reservas em massa

“Vimos que muitas pessoas têm uma grande necessidade de redescobrir as viagens que não puderam fazer nos últimos meses. Eles querem aproveitar o sol e o mar”, explica um na Suíça. Perante este crescimento da procura, a subsidiária da Lufthansa alargou a sua oferta na época da Páscoa, bem como na primavera.

Essa observação é compartilhada pelas maiores agências de viagens do país. “Observamos um aumento de tráfego em nosso site, sem que isso necessariamente se traduza em reservas”, porém, temperada Bianca Gähweiler, gerente de comunicação da Hotelplan. E para acrescentar que as pessoas têm “um grande apetite” por férias no exterior, mas que ainda não deram o passo massivo de comprar.

Não vimos um ‘boom de Mallorca’, mas ainda pode acontecer

O volume de reservas continuou incomparável com uma situação pré-pandémica, notam os operadores turísticos, pelo que se recusam a dar números precisos. O grupo DER Touristik Suisse SA, que detém notadamente a Kuoni e a Helvetic Tours, no entanto, articula uma ordem de grandeza que corresponde a uma queda de cerca de 50% em lação a 2019.

Suíça, destino preferido

Suíça, destino preferido

Na Suíça, dispensada da obrigação de tentar PCR ou quarentena no retorno, dominou o ranking de destinos preferidos no Hotelplan como no DER Touristik. Egito, República Dominicana, México, Costa Rica, Turquia e Maldivas completam a lista dos principais destinos de férias. Na Europa, apenas Mallorca e as Ilhas Canárias destacam-se.

“Não vimos um ‘boom de Mallorca’, mas também pode acontecer durante as férias da Páscoa”, observou Bianca Gähweiler. Na Hotelplan, à semelhança de outras agências de viagens suíças, aconselha os seus clientes a esperarem até ao último minuto para efetuarem as suas reservas, de forma a terem mais visibilidade sobre as condições da viagem. “Já não falo de ‘última hora’ mas sim de ultra última hora”, dizemos.

Quarentena, um grande obstáculo para viajar

Quarentena, um grande obstáculo para viajar

Cumprir ou não uma quarentena na viagem de volta é aparentemente o principal obstáculo para a reserva. Uma lista de países em risco de coronavírus é, portero, cuidadosamente examinada por viajantes e participantes do setor. Sinal de sua importância, além de todos os destinos de férias mais famosos atualmente, nenhum deles está listado, exceto as Maldivas.

Para Sandra e José, a exclusão de Portugal foi um alívio. “Já tínhamos reservado nossos voos há muito tempo. Até à semana passada, Portugal ainda estava na lista dos países em perigo e acreditávamos que não iríamos embora”, comentou José. “Financeiramente, não podemos aplicar-lo em quarentena por dez dias após as férias”, disse ele.

A última atualização desta lista foi anunciada na quarta-feira pela FOEN. A partir de quinta-feira, 25 de março, não haverá mas necessidade de quarentena ao retornar do Reino Unido, Irlanda e Estados Unidos, entre outros. Por outro lado, Grécia, Bósnia e Herzegovina, Ucrânia, Jamaica, Paraguai e Tanzânia estarão na lista vermelha a partir de 5 de abril.

Didier Kottelat, com Céline Brichet e Séverine Ambrus