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Viajar para o estrangeiro: “a obrigatoriedade da vacinação sempre existiu”

Voyage à l’étranger : « l’obligation vaccinale a toujours existé »

A perspectiva de obrigatoriedade de se vacinar contra a Covid-19 para viagens tende a ser mais resistente, denunciando violação de liberdades. Esta obrigatoriedade está, no entanto, longe de ser uma novidade, como explica Nadia Valin, infectologista do serviço de doenças infecciosas e tropicais do hospital Saint-Antoine.

Vacinação obrigatória para viajar para o estrangeiro? Eis o que sugerem os anúncios sobre a introdução do passaporte de vacinação. Na segunda-feira, o secretário de Estado da Transição Digital, Cédric O, declarou que a aplicação “TousAntiCovid” passou a conter certificados atestando resultado negativo de PCR ou teste de antigénio ou certificado de vacinação. Se lembrou que atualmente não há “nenhuma obrigação”, também escreveu no Twitter que esta nova funcionalidade é “um primeiro passo” que permitirá aos franceses viajar na Europa “em total segurança”.

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. @ TousAntiCovid está evoluindo! Com #TousAntiCovid-Carnet, você pode integrar no aplicativo com um #QRCode: ➡️Resultados do teste ➡️Seu certificado de vacinaçãoUm primeiro passo que permitirá que você viaje com segurança. @ Olivierveran @ Djebbari_JB @ CBeaune pic.twitter. Com/cPfSgOHciw

A vacina de febre amarela, obrigatória para viajar para vários países

Essa perspectiva de vacinação obrigatória para viagens ao exterior traz à tona alguns “anti-eixos”, que consideram essa medida de liberdade e antidemocrática. No entanto, isso está longe de ser novo. Nadia Valin, especialista em doenças infecciosas do departamento de doenças infecciosas e tropicais do Hospital Saint-Antoine, em Paris, explica que a vacina contra a febre amarela é obrigatória “há anos” para entrar na maioria dos países da África subsaariana e em alguns países. .

Segunda e última vacina obrigatória: a contra a meningite meningocócica para entrar em Meca, na Arábia Saudita, como parte da peregrinação. “A obrigação de vacinar é uma disposição bastante comum no mundo. Ele está aí para proteger os viajantes e os habitantes do país”, resumiu o especialista.

“Se as pessoas fossem mais responsáveis, não teríamos que chegar a isso.”

Segundo Nadia Valin, a polêmica foi criada devido ao desconhecimento dos aparelhos pré-existentes. “Os destinos preferidos dos franceses são principalmente a Europa e o Magreb, onde não há vacinação obrigatória. Alguns, portanto, não têm a noção de vacinação obrigatória, mesmo que ela já exista há algum tempo”, analisa.

Em relação ao passaporte vacinal, o infectologista é mais mordaz. “Se as pessoas fossem mais responsáveis, não iríamos.” Sempre há pessoas que, em nome da liberdade individual, não querem ser vacinadas e colocam outras em risco. Se apenas dissermos que é ‘altamente recomendado’, eles não o farão. Nadia Valin espera que este passaporte “se torne gradualmente comum”. Além disso, ela aconselha os futuros viajantes a tomar certas vacinas “razoáveis” recomendadas, mas não obrigatórias, como hepatite A ou febre tifóide.